O Primeiro Teatro de Ribeirão Preto: um breve histórico
- AAAPHRP
- 18 de jul. de 2018
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Requerido à prefeitura pelo Coronel Francisco Schmidt em 26 de dezembro de 1895, o terreno que hoje abriga a Praça Carlos Gomes, foi utilizado para a construção de um teatro. Chamado de Carlos Gomes, em homenagem ao maestro cuja irmã residiu e ministrou aulas de música em Ribeirão Preto, foi inaugurado em 1897 com a ópera "O Guarani", do próprio maestro.
Considerado um como um teatro imponente e o primeiro efetivo de Ribeirão, foi construído ao lado da antiga Igreja Matriz que, devido à luxuosidade e modernidade do Teatro, foi demolida e mudou-se a nova construção para o terreno da Praça das Bandeiras, onde permanece até hoje.

A partir de 1905, o Teatro passa a ser administrado por François Cassoulet, que instaura a fase de ouro do teatro com grandes apresentações e luxuosos bailes. Com a Primeira Guerra Mundial e a falência de Cassoulet, o Teatro passa a ser administrado pela prefeitura novamente. Na década de 30, com a inauguração do Teatro Pedro II, situado entre os principais hotéis da cidade, a popularidade do Teatro Carlos Gomes diminui consideravelmente, visto que o mesmo deixa de receber os grandes espetáculos. Com um teatro maior e mais luxuoso ainda, o Carlos Gomes acaba perdendo público e expressão, gerando gastos à prefeitura, mas não gerando a mesma renda que outrora havia produzido.

Em 1944, sob a administração de Luiz Barreto, o Teatro tem iniciada a sua demolição, concluída em 1946. No local, foi erguida a Praça Carlos Gomes, em homenagem ao Maestro e como uma memória do Teatro.
A falta de políticas públicas com o patrimônio foi declaradamente vista na não reorganização deste espaço para outros fins culturais, resultando em sua demolição, visto que não havia mais uma função e significado para o poder público. Desta forma, a história da cidade em âmbito nacional, sob a perspectiva da produção cafeeira e de sua importância para o contexto local, se inicia neste símbolo da modernidade de um centro histórico-cultural.

Texto de: Gabriel Ferreira (@gapv_ ). Créditos das imagens: Acervo do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
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